BROOKLYN - NY
23/12/2015
Já se passava das 4 horas da tarde, cansada da viagem , só pude dizer ao taxista que poderia parar , pois 588, Halsey Street , era o meu destino.
O céu estava cinzento. Havia dias que nevava. No trajeto, fui admirando a paisagem de neve. Sorte que, o aeroporto não houve cancelamentos de vôos. Mas o frio era de lascar! Nada de pessoas, na rua. Ou uma, ou outra. Claro! Quem era louco de sair com o frio destes? Chegando ao destino:
Perguntei - How much ? Abrindo minha bolsa, para pegar minha carteira.
Antonius o nome do meu taxista , abaixando o rádio, pois vim do aeroporto até o destino com rádio alto. Simpatia de latino que vinha cantarolando ao caminho e jogando conversa fora. Não entendia nada, porém por educação , sorria timidamente e ele, me observava através do retrovisor.
- Para la nina bonita $40 dólares.! disse Antonius.
- What's ? fiquei abismada com o preço ! Quase um roubo ! - pensei . Mas fazer o quê ? NY é uma cidade cara, porém o custo é caro.
- Lo siento, pero es el precio . (perdão porém é o preço).
Peguei o dinheiro da carteira, paguei. Agradeci com um Belo - "Gracias", saindo do carro , olhei para o Edifício. Apaixonada pelo Estilo do Prédio, fui me adentrando com meu código - cartão.
No hall já se via a árvore de Natal , brilhante com seus piscas- piscas.
Embaixo, havia pequenos presentes , com papéis típicos natalinos.
Chamei o elevador.
Como será que ele estava? Pensei.
Imaginava que ele estivesse muito ansioso, como eu, ao encontro . Pois já fazia três meses, que não nos víamos.
Steve não era nada bonito, nem um "tipão" de filmes ou novela. Também não era alto e esbelto. Já mostrava uma saliente barriguinha porém , muito sutil. Nossos olhos se cruzaram pela primeira vez na 52 Havemeyer St , no pequeno restaurante, especialidade da casa - francês - Pates ET Traditions.
Mas o que me atraiu nele, por incrível que pareça, foi um contexto geral. A boca.. que boca?!? O olhar de quem fica observando cada passo seu.
Cara! Ele simplesmente não me encarava quando ficávamos às sós. Porém , ele me observava muito, quando em, pequenos gestos, fazia acenações com as mãos ou, gesticulava ao redor - público. Claro, que ficava preocupada, caramba! eu devo ser muito boba ! - pensei. Mas no fundo, ele apenas sorria como quem diz, que gostava do meu jeito de ser, hora falante até os cotovelos...hora gesticuladora. E foi assim que se vimos , num lugar extremamente gostoso e, logo em seu apartamento.
...A cena de ser pega pelo colo e colocada em cima da ilha do espaço gourmet , e da ansiedade de ficarmos nus, beijos e mais beijos, fomos fazendo o que o nossos corpos pediam.
Desejando aquele homem, pude sentir e confirmar isso, quando o elevador chegou ao hall de entrada do apartamento. pensei. Adentrei...
Steve estava de costas, olhava o movimento da grande Metrópole pela janela. Minha vontade era de correr até ele, num gesto impulsivo. Mas, me controlei.
Coloquei a bolsa e a mala perto do sofá. Nesta hora, ele virou. Veio ao meu encontro e num gesto de extrema saudades , nos beijamos e abraçamos, muito.
Sim. Ele também sentiu minha falta. Tudo perfeito. A não ser quando , de repente a pequena Anne entrou.
Uma linda menina de 6 anos. Este era o nome da "little girl" . Fomos apresentada, ela era filha dele. Ele já tinha comentado sobre o seu relacionamento anterior, e do que resultou, porém não podia esperar que à conhecesse tão cedo. Sabia que foi fruto de um rápido relacionamento . Nada que viesse sentir insegura. Mas ao vê-la , de primeira hora, me senti assim.
- Hello . My name 's Anne. Father talked about you . Nice to meet you?
Olhei para ela e com carinho, retribui. - Nice to meet you, too.
Ela veio, e me abraçou carinhosamente. Senti um calafrio pela espinha. Estava de frente de uma linda garotinha que aparentemente, não havia traços do pai, porém a postura de se colocar, era do Steve.
- Anne, let's go to bedroom. After, I call you. disse Steve, pegando em suas mãos . (Anne, vamos para o quarto. Depois, Eu chamo você.)
Steve levou a pequena ao quarto. E eu, fiquei com o meus pensamentos à mil por horas. O que será que ela está fazendo aqui? Irá passar o Natal conosco?
Steve veio ao meu encontro, mais uma vez, me beijou calorosamente, e a saudades era tanta, que retribui. Sentamos , e começamos a conversar.
Falamos sobre o meses que ficamos ausentes, dos projetos que havíamos planejados anteriormente e tudo que envolvia nós dois. Num determinado momento , após calorosos abraços , beijos e risadas, ele carinhosamente tocou em meu rosto, dizendo que precisava esclarecer algumas coisas.
Na hora, gelei.
Não esperava que ele ficasse tão sério, a ponto de olhar firmemente no meus olhos. Pensei : Agora, foi...
- Sarah, desde que te conheci, não tive mais nenhum relacionamento com outra pessoa.Ou melhor, o que quero dizer, é que todo este tempo que ficamos sem nos vêr, não houve interesse de conhecer outra pessoa. Sei que não sou o homem mais perfeito, você já percebeu que sou reservado, porém com você, pude conhecer uma mulher esplêndida. Tudo em você é belo! Gosto do seu jeito , de sua personalidade e quero muito viver com você.
Ahhhhh, que delícia !! - pensei . Só consegui dizer - Que bom ! Nem me reconheci. Fiquei , sem jeito, a minha reação foi muito estranha. Será que eu estava preparada para isso? pensei.
- Só que, antes de falar o que estou sentindo por você, eu tenho em meu coração, a minha Anne. Agora, mais que nunca, serei o Pai que ela sempre sonhou. Ela definitivamente passou ser da minha responsabilidade, já que sua mãe mudou de País. Portanto, eu preciso de alguém como você, que antes de me amar, ame a minha Anne. Antes, de cuidar de mim, cuide de minha garotinha. Sei que pra você, deve ser difícil porém, não existe Amor maior de um Pai ou uma Mãe sobre seus filhos. Sei, que nunca falei com você sobre isso, pois também não sabia que um dia passaria por isso. Anne, é uma criança muito delicada, e precisa de muito carinho e atenção, ainda mais agora, que não há uma identidade materna. Portanto, quero que saiba, que desejo muito... quero viver com você.
Fiquei sem saber, o que dizer. Minha cabeça estava latejando. Tudo muito rápido! O que poderia falar naquele momento? pensei.
Me direcionei para vista da janela, e percebi que a neve caía.
- Olha que lindo, Steve? Tudo é tão perfeito? A neve está caindo tão lentamente, parece que irá ficar mais forte, você não acha? - quis amenizar a conversa. Estava ficando muito séria! E sempre que, aponta um assunto sério, fujo pela "tangente ".
-Sarah ? Steve chegou mais perto , me tocou pelo queixo. beijou meus lábios. (pausa).
- Não precisa, me responder agora? Sei que tudo isso é novo para você. Sei que Anne será uma conquista sua. Sei que Anne também buscará te conhecer, mas entenda, amo 2 pessoas , você e Anne! Quero viver o Natal com você, e o resto de nossas vidas.
A antevéspera de Natal foi tudo uma surpresa. Achava que apenas seria um encontro de saudades. Depois de uma longa viagem, o que mais esperava era ter uma paixão avassaladora. Me senti sem chão.
logo, Sem medo de dizer:
- Não Steve, sinto muito ! Não quero viver com você, tampouco ser a mulher que venha substituir a mãe de Anne. Sinto muito mesmo ! Mas esperava que tivéssemos tempo para nós dois. Não que eu seja egoísta, porém a realidade, pra mim, é outra! Definitivamente, não sou mulher para você. Gosto do que eu faço, sei que não sou mais nenhuma mocinha, já tenho idade para saber o que pretendo ter, pois ser, essa! ... eu já sei quem eu sou! Desejo mil votos de felicidades para vocês dois e espero sinceramente, que você encontre uma mulher que supere o que eu não pude ser e te dar. Apesar de ser Sonhadora, não me iludo quando se trata de viver a minha vida.
Anne entrou na sala, dizendo que estava com sono e queria dormir. Steve à pegou no colo. Num gesto surpreso, veio ao meu encontro.
- Sarah, você tem certeza que é isso mesmo?
E eu, naquela cena, vendo a menina no colo dele. Ele, me olhando como se esperasse alguma reação minha, de esperança. Só pude, conter com meu gesto carinhoso afagando os cabelos de Anne.
- Sim !
Beijo-o pela última vez, deixei os pertences dele na mesinha do hall. E meu último olhar, foi ver a cena dele, com a menina no colo e ao fundo, a neve que caía com muita mais força.
...
Ao adentrar no táxi, somente pedi - para que me levasse ao Time Square..
A música de Natal, já insistia ao arredores da Avenida mais famosa, e as pessoas corriam para se protegerem da neve que insistia. Havia apenas um Papai Noel - louco ! - pensei . Que , fazia questão de amenizar o corre-corre através do seu saxofone.
Ao toque do sax - a Solene - "Dingo Bell".
Sai do Táxi, e doida como só, me direcionei para o Rapaz que tocava , apenas sorri. E claro ! Ele retribuiu
Olhei para o céu , fechei os olhos , respirei fundo.
Em minha mente, sorri....Sou livre ! Sou feliz ! Tudo que eu quero é Recomeçar ! Nada mais me importa! A não ser o NATAL !
FELIZ NATAL !!
CARLA MONTEIRO - AUTORA
BROOKLYN - NY
December 23 , 2015.
Already was after 4 pm, tired from the trip, I could just tell the taxi driver could stop, for 588, Halsey Street, was my destiny.
The sky was gray. Some days it snowed. On the way, I was admiring the snowy landscape. So that, the airport no flight cancellations. But the cold was chipping! No people on the street. Either one or the other. Of course! Who was crazy to go out in the cold like this? Arriving at the destination:
Asked - How much? Opening my bag to get my wallet.
Antonius the name of my taxi driver, lowering the radio because I came from the airport to the destination with high radio. Sympathy Latin coming humming the way and goofing off. I did not understand anything, but politely, smiled shyly and he was watching me through the rearview mirror.
- Para la nina beautiful $ 40.! Antonius said.
- What's? I was amazed at the price! Almost a steal! - I thought. But do what? NY is an expensive city, but the cost is expensive.
- Lo siento, pero es el precio. (sorry but it is the price).
I took money from wallet, paid. I thanked him with a Belo - "Gracias", out of the car, looked at the building. In love with the building style, I was entering me with my code - card.
In the hall already saw the Christmas tree, bright with its flashers piscas-.
Underneath, there were small gifts, Christmas-typical roles.
I called the elevator.
How was he? I thought.
I thought he was very anxious, like me, to meet. Because it had been three months, which not seen each other.
Steve was not pretty, not a "model " movie or novel. Nor was tall and slender. Already showed a protruding belly but very subtle. Our eyes met for the first time in 52 Havemeyer St, in the small restaurant, the house specialty - French - Pates ET Traditions.
But what attracted me to him, oddly enough, was a general context. The mouth .. that mouth?!? The look of who is watching your every move.
Face! He just did not see me when we were alone to. But he watched me a lot when in small gestures, made waving by hand or, gesturing around - public. Of course, it was worried, damn it! I should be very silly! - I thought. But deep down, he just smiled as if to say, he liked my way of being, time speaking to the elbows ... gesture hour. And so if we have seen, a very tasty place and soon his apartment.
... The scene of being caught by the neck and placed on top of the island's gourmet, and anxiety of staying naked, kisses and more kisses, we were doing what our bodies were asking.
Desiring this man, I could feel and confirm that, when the elevator reached the apartment lobby. I thought. I entered ...
Steve had his back, looked at the movement of the great metropolis of the window. My will was to run to him, an impulsive gesture. But I controlled myself.
I put the bag and the bag near the couch. At this time, he turned. He came to me and in a gesture of extreme longing, kissed and hugged, too.
Yes. He also missed me. Everything perfect. Except when suddenly the little Anne entered.
A beautiful girl of 6 years. This was the name of the "little girl". Were presented, it was his daughter. He had already commented about his previous relationship, and what resulted, but could not expect to know soon. I knew that was the result of a quick relationship. Nothing would feel insecure. But when he saw her, first time I felt like this.
- Hello. My name's Anne. Father Talked about you. Nice to meet you?
I looked at her and fondly returns. - Nice to meet you too.
She came and hugged me affectionately. I felt a shiver down his spine. I was in front of a beautiful little girl who apparently there was his father's traits, but the attitude to take, it was Steve.
- Anne, let's go to bedroom. After, I call you. Steve said, taking in his hands. (Anne, go to the room. Then I call you.)
Steve has led to the small room. And I stayed with my thoughts to thousand per hour. What are you doing here? Will spend Christmas with us?
Steve came to me again, kissed me warmly, and the longing was so great that reciprocates. We sat down and started talking.
We talked about the months we were absent, the projects we had planned earlier and everything that surrounded us. At one point, after warm hugs, kisses and laughter, he gently touched my face, saying he needed to clarify some things.
At the time, I froze.
I did not expect him to be so serious as to look firmly into my eyes. I thought, now was ...
- Sarah, since I met you, I had no other relationship with another people. Or better, what I mean is that all this time we were without seeing us, there was no interest to know someone else. I know I'm not the perfect man, you've noticed that I'm reserved, but with you, I know a splendid woman. Everything about you is beautiful! I like your way of his personality and I want to live with you.
Ahhhhh, what a delight !! - I thought. Only managed to say - Good! Did not recognize me. It awkwardly, my reaction was very strange. Was I ready for this? I thought.
- But, before you speak what I feel for you, I have in my heart, my Anne. Now, more than ever, I am the father she always dreamed of. She definitely went be my responsibility, since his mother changed his country. Therefore, I need someone like you, who before love me, love my Anne. Before, to care for me, I care for my little girl. I know that for you, it must be difficult but there is no greater love of a father or a mother on her children. I know, I never spoke to you about it because it did not know that one day pass for it. Anne is a very delicate child, and needs a lot of care and attention, especially now that there is a maternal identity. So I want you to know, I want too ... want to live with you.
I did not know what to say. My head was throbbing. All very fast! What could talk at that time? I thought.
I directed me to view from the window, and realized that the snow was falling.
- Look how beautiful, Steve? Everything is so perfect? The snow is falling so slowly, it seems it will get stronger, do not you think? - I wanted to ease the conversation. I was getting very serious! And whenever, points out a serious matter, flee the "tangent".
-Sarah? Steve came closer and touched my chin. He kissed my lips. (break).
- No need to answer me now? I know all this is new to you. I know that Anne will be an achievement yours. I know that Anne will also seek to meet you, but understand, love two people, you and Anne! I want to spend Christmas with you, and the rest of our lives.
Two days before Christmas Eve was all a surprise. I thought it would just be a meeting of nostalgia. After a long journey, what else was expected to have an overwhelming passion I felt ungrounded.
Unafraid to say:
- No Steve, I'm sorry! I do not want to live with you, neither is the woman who will replace Anne's mother. I'm really sorry ! But I hoped we had time for us. Not that I'm selfish, but the reality, for me, is another! Definitely, I am no wife for you. I like what I do, I know I'm not no sissy, have already old enough to know what I want to be, because being, this! ... I already know who I am! I desire thousand good wishes to you both and I hope sincerely that you find a woman that goes beyond what I could not and give you. Despite being dreamy, do not kid myself when it comes to live my life.
Anne entered the room, saying he was tired and wanted to sleep. The Steve picked her up. In a surprise gesture, he met me.
- Sarah, are you sure that's right?
And, in that scene, seeing the girl on his lap. He, looking at me as if expecting some my reaction, of hope. I could only contain with my affectionate gesture stroking Anne's hair.
- Yes !
I kiss him one last time, I left his belongings on the hall table. And my last look, went to see his scene with the girl in his arms and at the back the falling snow with much more strength.
...
When entering the taxi, just ask - so take me to Time Square .
The Christmas music since insisted the outskirts of the most famous Avenue, and people ran to protect themselves from snow insisted. There was only one Santa Claus - crazy! - I thought. That made sure to soften the hustle and bustle through his saxophone.
At the touch of sax - a solemn - "Dingo Bell".
Out taxi, and crazy as only directed me to the boy touched her, just smiled. Of course ! He returned
I looked at the sky, closed my eyes, took a deep breath.
In my mind, smiles. I am free ! I am happy ! All I want is to Start! Nothing else matters to me! Unless CHRISTMAS!
MERRY CHRISTMAS !!
CARLA MONTEIRO - AUTHOR
Pates ET Traditions
Veja abaixo, o Sax redigido por Ferreira
DINGO BELL
#Antevesperanatal
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